RICARDO SANTOS
Tímida, discreta e com um tom de voz baixo e suave, assim se apresenta Carolina Frias, de 24 anos, à primeira vista. Depois, quando começa a falar do amor que sente pela arte de representar, o seu olhar ganha fulgor e sua voz uma energia contagiante. O mesmo aconteceu assim que o nosso fotógrafo começou a trabalhar: a atriz encarou a câmara com sensualidade, quase como se tivesse vestido uma personagem que, afinal, também é ela própria. Depois, quando os disparos terminam, voltou a ser a menina com uma baixa autoestima assumida, que a ajuda a não se deslumbrar com as luzes da ribalta, como nos disse nesta entrevista feita no Anantara Vilamoura Algarve Resort.
– Como é que a menina tímida e reservada se transforma numa mulher sensual em frente às câmaras?
Carolina Frias – [Risos]. Eu comecei na moda com 13 anos, e embora ache que já perdi um pouco o jeito, a fotografia deixou uma marca na minha vida. Adoro produções fotográficas, e quantas mais fizer, melhor, para matar saudades. Sou muito tímida, sim, mas também tenho de ser profissional… Acho que a fotografia foi a minha primeira forma de expressão e ajudou-me a contrariar o meu lado mais discreto. Talvez daí essa perceção de que cresço e mudo em frente a uma máquina fotográfica. E esse também é o papel de um ator, transmitir alguma coisa sem falar.
– E sente-se mais sensual quando faz produções fotográficas?
– Claro que sim. Embora tenha uma baixa autoestima, que trabalho muito para contrariar, tenho confiança no meu trabalho, naquilo que me proponho a fazer. `
– Mas não parece nada ter baixa autoestima…
– Ainda bem [Risos]. É isso que tento, que não se perceba. Não só pelos outros, mas também por mim. Não ter a autoestima lá em cima obriga-nos a ter os pés assentes na terra e a percebermos que não somos o centro do mundo. Por isso, quando preciso de ter mais confiança e ser mais sedutora, trabalho para isso, mas na minha vida pessoal prefiro ser mais recatada e não dar tanto nas vistas.
Uma entrevista para ler na íntegra na edição 1256 da revista CARAS.
