Capa da revista do Wall Street Journal, a atriz deu uma entrevista reveladora, na qual abordou não só aspetos da sua vida profissional, mas também pessoal, em especial sentimental. Angelina Jolie assume “marcas” após separação de Brad Pitt e diz que perdeu a capacidade de “viver em liberdade” após o divórcio do ator.
Se até aqui, a atriz pouco tinha falado relativamente ao seu processo de divórcio, desta vez, fê-lo sem subterfúgios, fazendo também referência a alguns dos momentos mais marcantes da sua vida. Desde o processo de cura que tanto a atriz como os filhos têm vivido após a mediática separação -, em que assumiu que “tínhamos de nos curar. Há coisas das coisas necessitamos de recuperar” – passando pelos seus projetos atuais, como também pelos futuros e pela vontade de abandonar Los Angeles. Aliás, a atriz admite que se fosse hoje jamais seguiria o caminho da representação.
Ex-mulher de Brad Pitt, com quem esteve casada 12 anos, Angelina confessou que pretende passar mais tempo no Cambodja, país onde nasceu o seu filho mais velho, Maddox, de 22 anos, depois de perder a capacidade de viver e viajar livremente, por conta do divórcio e do processo litigioso que o casal de atores atravessou. Pitt e Angelina são ainda pais de Pax, de 20 anos, Zahara, de 18, Shiloh, de 17 e dos gémeos, Knox e Vivienne, de 15. “É parte do que aconteceu depois do meu divórcio. Perdi a capacidade de viver e viajar com a mesma liberdade. Vou-me mudar assim que puder”, assumiu.
Filha de um casal de atores, Jon Voight e Marceline Bertrand, Angelina cresceu no meio das luzes da ribalta de Hollywood, mas o reconhecimento que a indústria cinematográfica mais conhecida do mundo trazia nunca a impressionou, nem foi o motivo para se ter tornado atriz. “Nunca considerei que isso fosse significativo ou importante. Quando eu estava a começar, não havia tanta expetativa de tudo ser tão público, de se partilhar tanto”, referiu, relativamente à sua vida privada.
Recorde-se que a atriz dedicou mais de 20 anos de serviço ao ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, que serviu como Embaixadora da Boa Vontade de 2001 a 2012 e depois como Enviada Especial de 2012 a 2022, sendo uma das maiores defensoras e representantes dos refugiados durante todo esse tempo.
E também ainda hoje, o que a levou a confessar à publicação americana que “não tenho mais vida social” e que todos os seus amigos mais próximos são refugiados. “Porque gosto de passar tempo com pessoas que sobreviveram e são refugiadas? Elas enfrentaram tantas coisas na vida que isso traz à tona não apenas força, mas humanidade. Elas também são muito mais honestas e muito mais conectadas e isso faz com que me sinta mais à vontade.”, admite.