COMO COMER OSTRAS?
A recomendação de Manuel Garcia, produtor de ostras, é consumir a ostra “completamente ao natural”. Desta forma, vai poder “absorver inteiramente a mistura de sabores entre o salgado do mar e a sensação de doce da ria de Aveiro, terminando com a sensação crocante só possível de obter com um produto de qualidade”.
Se preferir, pode colocar duas ou três gotas de limão. “E nada mais. Está perfeito!”, conclui.
Antes da sua comercialização, as ostras são submetidas a um processo de depuração. Depois, são acondicionadas manualmente em embalagens fechadas, de forma a não alterar as qualidades organolépticas e para evitar qualquer contaminação com substâncias nocivas. A parte côncava é disposta para baixo e a parte plana para cima. Desta forma, a ostra não perde a água que é o seu modo de sobrevivência.
JÁ CONHECE AS “PÉROLAS DA RIA DE AVEIRO” ?
Há água por todo o lado, a serpentear no infinito. Na ria de Aveiro, cruzam-se histórias ancestrais, alimentam-se sonhos, o céu e o mar tocam-se e os poetas mergulham para se inspirar.
Nesta bacia salgada pula peixe fresco, passeiam os flamingos, voam as andorinhas e produzem-se pérolas gastronómicas. No coração da ria está a Ilha dos Puxadoiros, um ecossistema de harmonia entre a fauna, a flora e as comunidades locais. A entrada e saída da Ilha está condicionada pelas marés. O acesso é feito por barco a partir de Aveiro, a navegar entre os esteiros labirínticos do lençol fluvial da ria.
A ria de Aveiro é, em Portugal, um dos principais centros produtores de ostras. “As condições particulares de temperatura da água, conjugada com a salinidade do Atlântico e o tipo de alimento que as microalgas, que se desenvolvem no local, permitem obter, dão origem a um produto de excelência. A produção de ostras em aquacultura é feita de forma totalmente artesanal, sem qualquer tipo de alimentação artificial”, refere Manuel Garcia, produtor de ostras. As ostras juvenis, vindas de unidades qualificadas de Portugal e França, entram na ilha com 4 a 6 mm e são colocadas em sacos ostrícolas. Vão para tanques com a adequada exposição solar e são alimentadas com fitoplâncton, o que permite que se desenvolvam de forma natural. À medida que crescem, são seleccionadas por tamanhos e passam para sacos maiores, garantindo um crescimento adequado.
A ria de Aveiro proporciona um ecossistema único e com uma valiosa biodiversidade. Está classificada como Zona de Protecção Especial, por isso aqui a produção ecológica é levada muito a sério. A Ilha dos Puxadoiros está integrada na Zona RIAV3, estando assim sujeita a um regime rigoroso de controlo da qualidade da água pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera. As ostras são criadas em tanques de antigas marinhas de sal, dando origem a “uma produção ostrícola confinada, amiga do ambiente e altamente sustentável”. A renovação de água nos tanques é assegurada pelas marés, duas vezes por dia. Além disso, as ostras não são recolhidas na natureza, por isso não ocorre a depredação dos recursos naturais. “As ostras produzidas na Ria de Aveiro são degustadas desde tempos imemoriais. São agentes filtradores, utilizadas para recuperar espaços ambientalmente degradados, por isso contribuem também para aumentar a qualidade e sustentabilidade do ecossistema onde são criadas”, assegura Manuel Garcia.
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