Apesar da oposição do Ministério das Finanças, o Tribunal de Vigilância Penitenciária 1 de Castela e Leão permitiu que Iñaki Urdangarin possa sair do Centro Penitenciário de Avila duas vezes por semana, oito horas por dia, para fazer trabalho voluntário, para que não continue totalmente afastado da vida quotidiana, uma vez que, segundo Pascual Vives, o seu advogado, Urdangarin “está a sentir-se mal” no regime de isolamento em que se encontra.
De acordo com um comunicado emitido pelo Tribunal Superior de Justiça de Castelo e Leão, a decisão do juíz afirma que a forma de cumprir a sentença de prisão não está sujeita à vontade dos presos, é regulamentada na Legislação Penitenciária e é imposta imperativamente pela Administração, pelo que a sua violação está sujeita a sanção.
Neste sentido, recorda que a “situação de isolamento”, em que se encontra Urdangarin não é fruto da sua escolha, mas sim da decisão da autoridade penitenciária. “Não é a vontade dos reclusos que determina o centro de cumprimento penitenciário, um pronunciamento que, novamente, corresponde à Administração. No entanto, é preciso articular medidas para evitar a dessocialização que a solidão implica”, refere o comunicado, explicando assim o motivo pelo qual o cunhado de Felipe VI vai passar a ter esta ‘abertura’ ao exterior.
Pascual Vives afirmou ainda que o marido da infanta Cristina “ajudará pessoas com deficiência” e que a primeira saída poderá realizar-se “já amanhã”, dia 18 de setembro.
De recordar que Iñaki Urdangarin ingressou no Centro Penitenciário de Avila a 18 de junho de 2018 para cumprir uma pena de cinco anos e dez meses, devido à sua implicação no caso Nóos. Em comum com a infanta Cristina tem quatro filhos, Juan, de 19 anos, Pablo, de 18, Miguel, de 17 e Irene, de 14 anos.