
Maha Vajiralongkorn, o rei da Tailândia, regressou ao seu país após ter sofrido duras críticas. Em tempo de Covid-19, o monarca encontrava-se num hotel na Alemanha com um séquito e cerca de vinte mulheres, o que gerou uma onda de críticas por parte de cidadãos tailandeses, um ato arriscado dado que naquele país o rei está protegido contra o crime de lesa-majestade.
Criticar o monarca pode originar pesadas penas de prisão, mas nem isso assustou as pessoas que lhe apontaram o dedo. “Para que necessitamos de um rei” tornou-se num trending topic no Twitter e foi o mote para uma onda de críticas impulsionadas pelo antigo professor de Historia da Universidade de Thammasat, Somsak Jeamteerasakul, refugiado politico em França desde 2014, e partilhadas por mais de 1,2 milhões de pessoas em apenas 24 horas.
Agora, de acordo com a imprensa alemã, o monarca já terá regressado ao seu país, ainda que, provavelmente, não o tenha feito pelas críticas ao seu comportamento durante a pandemia do novo coronavírus, mas sim devido a um ato público, de acordo com o jornal alemão Bild. Esta segunda-feira, dia 6, celebrou-se na Tailândia o Dia de Chakri, um evento para comemorar a dinastia Chakri, a que pertence o rei.
Em 1782 Thong Duang deu um golpe de Estado com o qual derrotou o rei Thong, coroando-se monarca, sob o nome de Rama I. Desde então, todos os reis da dinastia Chakri são denominados de Rama (Vajiralongkorn é conhecido como Rama X). Nestas comemorações os cidadãos deslocam-se até ao Grande Palácio para oferecer flores e queimar incenso no templo do Buda de Esmeralda, o templo mais sagrado do país, e prestar homenagem aos monarcas já falecidos.