Foi no final do passado mês de setembro que a rainha Margarida da Dinamarca comunicou que iria retirar os títulos de príncipes e princesa aos quatro filhos do príncipe Joaquim, Nikolai, Felix, Henrik e Athena, que a partir do próximo ano passam a poder utilizar apenas os títulos de condes e condessa de Monpezat.
Naquela altura, a monarca garantiu que a decisão foi tomada a pensar no bem-estar dos netos e no seu futuro. Contudo, a perda dos títulos, bem como do tratamento de Alteza criou um mal-estar e descontentamento dentro da família real. O único que parece ter ficado do lado da rainha foi o príncipe Frederico, herdeiro ao trono, o que serviu para que a tensão entre os dois irmãos aumentasse.
Se já se considerava que o herdeiro ao trono dinamarquês apoiava a decisão da mãe, esta ideia veio agora confirmar-se, após o príncipe se ter pronunciado pela primeira vez sobre esta mudança que afeta a vida dos sobrinhos. Frederico falou com a imprensa esta quinta-feira, dia 27 de outubro, e garantiu concordar com as medidas tomadas. “A minha mãe tomou essa decisão sozinha, porque foi o que ela quis e achou que agora era a hora de tomar uma decisão, que eu também apoio e vejo como a coisa certa a ser feita”, disse.
“Eu próprio estou interessado em que a monarquia dinamarquesa permaneça mais restrita ao longo do tempo, então apoio a decisão da minha mãe, o que ela escolheu fazer”, afirma, referindo-se à tendência das famílias reais de terem um núcleo cada vez mais restrito, uma vez que menos membros, implica também menos gastos.
Já era do conhecimento geral que a relação entre os dois irmãos, os filhos da rainha, não seria a melhor. Contudo, o herdeiro ao trono garante que está “em contacto contínuo com o irmão”, como garante ter estado sempre. Quando questionado sobre se as medidas teriam originado alguma tensão, Frederico sublinhou que se trata de “um assunto de família”.