Após o escândalo sexual que envolveu o magnata Jefffrey Epstein e o príncipe André, a rainha Isabel II decidiu retirar, em janeiro deste ano, todas as funções reais ao duque de York e negar-lhe o uso do tratamento de Alteza Real.
Epstein foi acusado de violação por parte da advogada americana Virgínia Roberts Giuffre, num caso que remonta a uma altura em que a mulher era ainda menor de idade. O empresário, amigo do príncipe André, foi acusado de crimes sexuais contra menores e de assédio sexual, tendo morrido na prisão em agosto de 2019. Nesse mesmo ano, a imagem pública do duque de York ficou ainda mais prejudicada após uma entrevista a Emily Maitlis para o programa “Newsnight”, da BBC. Nessa entrevista, André procurava justificar a sua amizade com Epstein, o que acabou por não o beneficiar.
Novos detalhes sobre a decisão da antiga monarca britânica vieram agora a público depois da sua morte, em setembro deste ano. O escritor Gyles Brandreth, que irá lançar no próximo dia 8 de dezembro o livro “Isabel: um retrato íntimo”, revelou na obra uma das conversas privadas da rainha com o filho, quando o escândalo veio a público.
Segundo adiantado por Gyles Brandreth ao Daily Mail, quando o príncipe teve que se sentar com a mãe e explicar em detalhe o sucedido, a reação de Isabel II terá sido surpreendente. Após ouvir o filho com atenção, a rainha apenas terá dito que aquela era uma revelação “intrigante”. Segundo as fontes que o autor consultou para escrever o seu livro, durante aquele período conturbado tanto para o príncipe como para toda a família real britânica “diziam-se muitas coisas disparatadas sobre ninguém estar no comando, mas a rainha assumiu o controlo com firmeza”, diz, referindo-se à rápida e firme ação da rainha em afastar o filho dos deveres reais.
Contudo, apesar de ter tomado a decisão que considerava acertada, Isabel II queria mostrar que o seu amor como mãe permanecia intacto e, portanto, apenas uns dias após o anúncio, os dois foram vistos a juntos em Windsor e alegadamente certificaram-se de que o momento intimo entre mãe e filho era captado por fotógrafos e que as fotografias seriam publicadas.
Recorda-se que desde da polémica envolvendo Epstein o príncipe contou com o apoio das duas filhas, as princesas Beatrice e Eugenie, e da ex-mulher, Sarah Ferguson.