Este 2023 é suposto ser de festa para o rei Carlos Gustavo da Suécia, que celebra 50 anos de reinado no próximo dia 15 de setembro, data em que sucedeu ao avô, o rei Gustavo Adolfo. No entanto, o ano começou mal para o soberano sueco, que se viu envolvido numa polémica por causa da alteração da Lei Sálica, que um dia dará o trono à sua primeira filha, Victoria, em vez de ao seu único filho homem, Carl Philip, dois anos mais novo que a irmã.
Numa entrevista, o rei deu a entender que foi uma “injustiça” para o seu filho a alteração da lei, que aconteceu já depois do seu nascimento. “Ter leis que funcionam retroativamente não é muito inteligente, é algo que continuo a pensar. O meu filho já tinha nascido e de repente há uma alteração que o deixou sem nada. É muito estranho”, declarou, durante um excerto do documentário que será emitido no próximo dia 8 de janeiro na televisão pública sueca, a propósito do seu Jubileu de Ouro.
Carlos Gustavo prosseguiu o seu discurso afirmando que desejava que esta alteração tivesse sido implementada na geração seguinte. Nem a princesa herdeira Victoria, nem o irmão mais novo tiveram qualquer problema entre eles com a alteração da lei – que foi abolida em 1980, numa altura em que a princesa tinha três anos e o irmão apenas um -, mas as declarações do rei não foram bem vistas pela população e geraram polémica.
Por esse motivo, o soberano sueco emitiu esta sexta-feira, dia 6 de janeiro, um comunicado no qual lamenta que as pessoas tenham compreendido que ele não apoiava a sucessão da filha, o que, garante, não corresponde à verdade. “Custou-me muito quando vi os comentários que insinuam que não apoio a minha filha, a princesa Victoria, como herdeira do trono. Que ela é a herdeira é para mim óbvio, ela é a minha sucessora. É um ativo extraordinário para mim, para a minha família e para o nosso país. Estou orgulhoso dela e do seu incansável trabalho em prol da Suécia”, escreveu o monarca.