Ricardo Santos
Pedro Reis nunca alimentou o sonho de ser pai. Porém, quando, aos 50 anos, se viu nesse papel, com a chegada de Carlota, percebeu que o amor se pintava de cor-de-rosa, de colo, de mimo e de muita partilha. Hoje é um pai extremamente dedicado, que experiencia com a mulher, Ana Faria Pereira, o encantamento e a magia que a filha de três anos lhes deu a conhecer. E juntos preparam-se para ser novamente arrebatados por este amor, já que esperam a segunda filha, que deverá nascer em meados de setembro.
– 2015 marcou-vos para sempre pela chegada de um amor transformador e 2019 prepara-se para vos arrebatar da mesma maneira…
Pedro Reis – É verdade. 2015 foi absolutamente especial, ainda por cima porque fazia 50 anos, e houve este grande acontecimento de sermos pais. E depois disto ter sido um sucesso, ter corrido tão bem e estarmos tão contentes com a experiência, fazia todo o sentido darmos uma nova companhia à Carlota e a nós próprios. Foi completamente natural e nada do que tivesse imaginado.
– Diz isso porquê?
– Porque nunca tive esta questão familiar como o grande objetivo da minha vida. Mas quando as condições estão reunidas e encontramos a pessoa certa, tudo se conjuga e começa a fazer sentido.
– Embora não houvesse essa projeção, sentem-se a viver um sonho?
Ana Faria Pereira – Sim. A construção da nossa família é um sonho tornado realidade. Já sentimos isso com a Carlota, e um segundo filho é a consequência deste sucesso. O facto de gostarmos tanto desta experiência foi o que nos levou a repetir. E é importante não ser filha única. Eu sou filha única, mas não acho muita graça, e não queria que a minha filha vivenciasse o mesmo.
Pedro – Temos famílias pequenas e dá-nos uma sensação de segurança o facto de ela ter uma irmã para a acompanhar no futuro.
– Porque já sabem que vai ser outra menina…
– É verdade. A Ana fez um rastreio pré-natal não invasivo neoBona, da Synlab, para detetar possíveis trissomias e anomalias. Desta forma evitámos uma amniocentese e conseguimos ter o resultado em poucos dias. E na altura optámos por saber já o sexo do bebé e confirmou-se que era uma menina, tal como planeado por mim. [Risos.] Queria ter duas meninas.
– Havendo essa vontade, o nome já está decidido?
– Não. Eu tinha uma expectativa, mas está em negociações. Havemos de chegar a um acordo em breve. [Risos.]
– Numa segunda gravidez, há outros medos e receios?
Ana – Estou muito mais descontraída agora. Quando engravidei da Carlota, passava o tempo a ler, a ver a evolução do bebé de semana a semana. Agora não faço nada disso. Tenho menos disponibilidade, porque tenho a Carlota, e já não tenho as mesmas dúvidas, os mesmos anseios. E o tempo está a passar mais rapidamente. Pensar que estou já de cinco meses é esquisito. Mas estou mais serena e descontraída.
