
Esta terça-feira, dia 6, Bárbara Guimarães deu uma entrevista a Júlia Pinheiro no programa da tarde da SIC. Nesta conversa emotiva, a apresentadora falou da luta contra o cancro da mama.
Bárbara recordou o dia em que recebeu o temido diagnóstico: “Tu achas que não é possível, já passaste tantas provas: ‘não isto não pode ser verdade!’ Mas é. Aí tu pensas: ‘acho que não consigo mais, não tenho forças'”, começa por dizer, acrescentando: “Estava em casa, sozinha. Era uma quarta-feira. De repente, estou a ver os emails no telemóvel e recebo o resultado da biopsia que diz ‘carcinoma invasivo’. Fiquei sem chão. Não conseguia respirar mesmo. ‘Eu tenho um cancro!’. Tive de respirar fundo e depois iniciar toda a descoberta do que é isso, o que é termos um cancro. A minha mãe foi a primeira pessoa a quem liguei e ela aos soluços a dizer ‘vai correr bem’… Foi duro”.
Depois disto, Bárbara não procurou informações sobre a doença na internet. “Nunca quis ler muito, não quis ficar muito informada, preferi confiar nos médicos que já acho que esta informação é tão pesada. Para mim, foi importante aliviar desta forma”. Seguiram-se tratamentos duros: “Tiram-te tudo. Tu achas que estás mal quando sabes desta notícia, mas ainda não viste o que ainda te vai acontecer. Tiram-te as forças todas, mas ao mesmo tempo ganhas algo interior que te faz lutar, que te faz ir atrás de ti própria e dizer: ‘eu tenho de cuidar de mim'”.
A apresentadora recorda as consequências dos tratamentos no corpo: “Custou-me quando me começaram a cair as pestanas porque os olhos ficam completamente desprotegidos, as mãos, as articulações, o cansaço extremo, extremo, extremo”. Uma verdadeira batalha, diz Bárbara: “Lutava comigo própria. Lembro-me perfeitamente de me arranjar para sair, pôr a peruca, sair porta fora e estar de rastos. E no momento de chamar o elevador, voltar para trás”.
Bárbara conta que ainda tem sequelas físicas. Continua sem ter forças nas mãos, o que a impede, de, por exemplo, assinar o próprio nome: “A minha assinatura não consigo já fazer igual. As unhas caíram todas, ainda estão frágeis. Não consigo quase fechar os dedos”.