
Mako do Japão e o marido, Kei Komuro, deixaram este fim de semana o país e rumaram aos Estados Unidos, onde começam agora uma nova vida a dois. A ex-princesa abdicou do título, do estatuto real e da fortuna para viver uma ‘vida comum’ ao lado do companheiro, em Nova Iorque, onde este trabalha num escritório de advogados.
Os problemas financeiros da família de Komuro, que fizeram adiar pela primeira vez o casamento – que deveria ter acontecido em 2018 – foram um dos motivos pelos quais Mako decidiu renunciar ao dote a que teria direito, após casar-se e perder o estatuto. Esta é uma forma que o Governo do Japão encontra para “manter a dignidade de uma pessoa que foi membro da família imperial”. No entanto, esse montante, que ascendia a mais de um milhão de euros, procede dos cofres públicos, e a população, em geral, mostrou-se descontente pelo enlace.
No entanto, segundo escreve a revista espanhola Hola!, alguns meios de comunicação japoneses afirmam que, no pior dos cenários, a princesa terá, ao longo dos anos, poupado cerca de um milhão de euros, o que lhe permitirá manter um bom estilo de vida.
Em 2021, o orçamento para gastos da família imperial, de todos os núcleos familiares, soma um total de doze mil milhões de ienes (perto de cem milhões de euros) e inclui tudo, desde gastos necessários para manter a “dignidade real”, até montantes investidos em rituais sintoístas.
Como príncipes herdeiros, os pais de Mako contaram com 128,1 milhões de ienes, um valor do qual a ex-princesa terá recebido 9,5 milhões, o mesmo montante que tem recebido todos os anos desde que celebrou o seu 20º aniversário, em 2011. Ao longo destes dez anos, Mako terá recebido 91,5 milhões de ienes, aos quais se somam 61 milhões que foi recebendo ao longo dos anos, até atingir a maioridade.
Faz sentido que os príncipes herdeiros Akishino e Kiko se tenham preocupado em poupar grande parte (quem sabe até a totalidade) desse montante, uma vez que desde que Mako era criança que sabem que, um dia, a filha provavelmente perderia o estatuto real. Isto, porque, as mulheres da família imperial só podem manter o título de princesa após o casamento se contraírem matrimónio com alguém que também pertença à família, o que no caso de Mako seria impossível.
A geração mais jovem da família era, até ao casamento da ex-princesa, composta por quatro elementos, a própria Mako, a sua irmã Kako, o irmão mais novo, Hisahito (que se encontra em segundo lugar na linha de sucessão ao trono, depois do pai), e a filha dos atuais imperadores, Aiko. Desta forma, tanto Mako, como a irmã mais nova e a prima estariam desde logo ‘condenadas’ a perder o título e o estatuto, caso pretendam casar-se.
Assim, e de acordo com a imprensa estrangeira, a filha mais velha dos príncipes herdeiros do Japão deverá ser o ‘suporte’ do marido durante estes primeiros tempos de vida a dois em Nova Iorque. Enquanto se prepara para o exame a que se submeterá no próximo mês de fevereiro – dado que reprovou na chamada anterior – Komuro continua a trabalhar como assistente jurídico num escritório de advogados.