O advogado de Julio Iglesias apresentou um recurso contra a sentença que foi tornada pública no passado dia 10 de julho, na qual o tribunal de Valência atribuiu a paternidade do cantor a Javier Sánchez, de 43 anos, filho da antiga bailarina Maria Edite Santos.
Para atribuir a paternidade, o juíz considerou que os indícios que existiam eram suficientes, entre os quais citou a “impossibilidade da prática da prova biológica” por vontade do cantor, que nunca aceitou submeter-se a um teste de ADN, assim como o facto de se ter provado que houve um contacto entre a mãe de Javier e o artista na altura em que esta engravidou, o que aconteceu no verão de 1975, numa festa em Girona.
Outros indícios foram o testemunho da mãe de Javier, que conseguiu definir, durante o julgamento, “traços muito específicos sobre o localização e disposição [do mobiliário] do chalet” onde Julio Iglesias se alojou durante aqueles dias, e as “evidentes semelhanças físicas” entre o cantor e o filho.
De recordar que este é um processo que começou há mais de trinta anos, quando a mãe de Javier exigiu pela primeira vez que o cantor reconhecesse a paternidade do filho. Naquela altura, tal como agora, o tribunal de primeira instância deu-lhe razão, mas a decisão foi revogada em recurso devido a um erro processual.
De salientar que, na altura em que os factos ocorreram, Julio Iglesias era casado com Isabel Preysler.